A circulação rodoviária entre a sede municipal do Songo e a comuna de Quivuenga, na estrada que passa pelas aldeias do Tuco, Quicaricari e Quimbengui, foi reposta, depois de ter ficado mais de 25 anos interdita, devido à destruição da ponte sobre o Rio Lucunga, no Uíge.
Esta estrada era a única utilizada pelas populações para chegarem à vila municipal do Songo e a sua destruição obrigou os habitantes a atravessarem o rio sobre um tronco de árvore preso entre os destroços dos pilares da antiga ponte, construída no período colonial.
Anos mais tarde, devido ao aumento do caudal do rio, os moradores construíram uma ponte feita com tábuas sob fios e varões de ferro, até à colocação da nova infra-estrutura, inaugurada pelo governador do Uíge, Paulo Pombolo.
Até aqui, a maior parte dos produtos cultivados estragavam-se por falta de escoamento para o mercado da vila municipal do Songo.
A nova ponte metálica, com 33 metros de comprimento e 4,2 de largura, foi construída recentemente pela Empresa Nacional de Pontes (ENP) e tem capacidade para suportar até 50 toneladas.
O governador considerou a reposição da circulação rodoviária entre a vila do Songo e a comuna do Quivuenga um factor de desenvolvimento para a região, tendo em conta que as autoridades vão poder investir mais naquela localidade.
Paulo Pombolo disse que, a partir de agora, os camponeses da localidade vão poder aumentar a produção agrícola graças às novas possibilidades de escoarem os produtos. “Também vão obter mais rendimento financeiro, o que lhes vai permitir melhorar as condições de vida”, disse o governador. As atenções do Governo Provincial e da administração municipal vão estar agora voltadas para a construção de novas unidades sanitárias, escolas e residências para técnicos.
A administradora municipal do Songo, Adelina Pinto, destacou que antes da reposição da ponte sobre o Rio Lucunga dezenas de homens, mulheres e crianças morreram na tentativa de atravessar, assim como muitas toneladas de mercadorias diversos foram arrastadas pelas águas.
Texto e foto do Jornal de Angola